Quarta, 01 Abril 2020 14:10

Grupos antivacina mudam foco para COVID-19 e trazem sérios problemas à saúde pública

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A União Pró-Vacina analisou postagens publicadas em grupos tradicionalmente conhecidos por disseminarem informações falsas sobre vacinas em redes sociais e explica que estes estão mudando o alvo e concentrando-se na doença causada pelo novo coronavírus.

 

No período analisado, entre os dias 15 e 21 de março, o ritmo de publicações que abordavam a COVID-19 aumentou consideravelmente. O conteúdo das postagens é preocupante: 78,4% apresentam sérios problemas, como a disseminação de teorias da conspiração, utilização de informações falsas e de afirmações sem evidências, a distorção de informações confiáveis, a sugestão de uso e até a comercialização de produtos e tratamentos que não possuem comprovação científica ou aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Diante dos resultados, o efeito da desinformação gerada por grupos como esses em redes sociais pode gerar um problema de saúde ainda mais grave em nível nacional. O mais importante, segundo o projeto, é investir na educação da própria população, já que o problema não é apenas o conteúdo falso, mas principalmente a falta de preparo do público para reagir de forma correta e barrar a disseminação das fake news.

 

A União Pró-Vacina é organizada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) Polo Ribeirão Preto da USP em parceria com o Centro de Terapia Celular (CTC), o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), os projetos de divulgação científica Ilha do Conhecimento e Vidya Academics, e o Gaming Club da FEA-RP. A iniciativa busca unir instituições acadêmicas e de pesquisa, poder público, institutos e órgãos da sociedade civil para combater a desinformação sobre vacinas.

 

 

Mais informações sobre o projeto e a análise realizada pela União Pró-Vacina aqui.

 

Por: Juliana de Lima, Assessoria de Comunicação da FEA-RP. Informações do Jornal da USP.

Lido 1353 vezes Última modificação em Sexta, 03 Abril 2020 00:50