Há uma década, percebendo a crescente preocupação com questões ligadas à governança ambiental, sustentabilidade e uso racional de recursos naturais, a USP decidiu adotar uma gestão que incorporasse a dimensão ambiental a todas as políticas, planos e atividades da Universidade, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Assim, em fevereiro de 2012, foi criada a Superintendência de Gestão Ambiental (SGA), com a missão de planejar, implantar, manter e promover a sustentabilidade ambiental nos campi da USP.
Para comemorar a data, a SGA promoveu nesta terça-feira, dia 20 de setembro, o evento A Academia e os Avanços e Desafios da Agenda 2030 no Estado de São Paulo, que reuniu dirigentes da USP, pesquisadores e representantes de entidades parceiras para discutir a sinergia entre a Academia e os governos para a implantação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
“Nesses dez anos da SGA, ampliamos nossa atuação para além da gestão interna da Universidade e passamos a pensar também em como a USP pode e deve se conectar ao que está acontecendo no mundo, na nossa realidade, especialmente, no contexto das mudanças climáticas”, explicou a superintendente de Gestão Ambiental, Patrícia Iglecias, na abertura do evento.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior ressaltou a importância de todos os que se esforçaram para construir essa história e que continuam a atuar na área ambiental. “O desenvolvimento sustentável não é uma agenda somente da Universidade, é uma agenda de toda a sociedade. Precisamos incorporar essa diretriz em todas as nossas ações, no ensino de graduação e pós-graduação, gerando conhecimento para que a sociedade possa se desenvolver de forma adequada e encontrar soluções para os problemas ambientais”, afirmou o reitor.
O evento contou com palestras da pesquisadora Martina Müller, que trabalha com cooperação para o desenvolvimento sustentável no Secretariado da ONU, e de Cláudio César de Paiva, membro da Comissão Estadual de São Paulo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
USP Susten
A cerimônia também foi marcada pela apresentação dos projetos do Programa USP Susten e dos supervisores e pós-doutorandos que atuarão nos temas.
O Programa USP Susten tem a proposta de gerar conhecimento para a construção de sociedades sustentáveis, a conservação do meio ambiente e a formação de recursos humanos comprometidos com tais objetivos. Além de aplicar a Política Ambiental da Universidade, o programa deve estimular parcerias com setores do governo e da sociedade para cooperação técnica e financeira.
A primeira iniciativa no âmbito do USP Susten foi a seleção de bolsistas vinculados ao programa de Pós-Doutorado da Universidade para atuar em temas como águas subterrâneas, construções sustentáveis, educação ambiental, energia renovável, emissões de gases de efeito estufa, mudanças climáticas, oceanos, recursos hídricos, saneamento, segurança alimentar, entre outros.
As bolsas, no valor de R$ 8.479,20 mensais, têm duração de 12 meses, com possibilidade de renovação por igual período. Além da bolsa, o programa destina um valor mensal adicional de 10% do valor da bolsa para a constituição de uma reserva técnica. Esses recursos poderão ser utilizados para custear a participação em eventos, a publicação de artigos ou livros, diárias e passagens aéreas, compra de material de consumo para pesquisa e outros gastos.
O primeiro edital do Programa USP Susten recebeu 175 inscrições e selecionou 27 pós-doutorados para atuarem nos projetos. Um edital suplementar foi lançado e selecionará mais cinco bolsistas até o final do ano.
Via: Jornal da USP