A taxa de câmbio nominal chegou a R$ 4,15 em janeiro. Essa tendência de alta pode ser explicada pela diminuição do diferencial de juros entre Brasil e outros países, aumento da percepção de risco dos investidores e sinais de perda de vigor da atividade econômica brasileira.
É o que aponta o Boletim de Comércio Exterior de fevereiro de 2020, dos pelos pesquisadores Eduardo Teixeira e Pedro Roveri, sob supervisão do professor Luciano Nakabashi da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.
A disseminação global do coronavírus, que tem abalado a tanto a economia chinesa quanto a global, elevou as incertezas dentro do Brasil. Várias moedas estrangeiras se desvalorizaram frente ao dólar como reflexo da epidemia.
Mesmo com o real desvalorizando, as exportações brasileiras estão em queda desde janeiro de 2019, enquanto as importações permaneceram praticamente estáveis. Dessa forma, o saldo da balança comercial apresentou queda. Em dezembro de 2019, o valor das exportações brasileiras era de US$ 222,9 bilhões e o do saldo comercial de US$ 47,5 bilhões, 15,7% menor que em 2018.
Por: Juliana de Lima, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.