Em sessão realizada pelo Conselho Universitário (Co) ontem, dia 25, foi aprovada a proposta orçamentária da USP para 2014. A Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), presidida pelo professor e diretor da FEA-RP Sigismundo Bialoskorski Neto, elaborou a proposta tendo como parâmetros gerais preservar a situação atual da folha salarial de servidores técnicos e docentes e ajustar o orçamento de forma que as atividades fins e prioritárias da universidade não fossem prejudicadas, tais como Graduação, Permanência Estudantil e Extensão.
"As unidades não devem sentir significativo impacto das reduções, já que a dotação orçamentária foi calculada pela média de execução do orçamento das unidades nos últimos anos, o impacto maior será para novas obras, investimentos e contratações", afirma Bialoskorski Neto. Desde o início de fevereiro, estão suspensas as contratações de novos funcionários e docentes e o início de novas obras na Universidade.
Do total do orçamento da USP para este ano, que é de R$ 5,017 bilhões, serão alocados R$ 4,5 bilhões nas despesas com a folha de pagamento, correspondendo a 99,96% da dotação orçamentária. A dotação para outros custeios e investimentos será 29,4% menor em relação ao ano passado, correspondendo a R$ 577 milhões. Porém os investimentos relacionados à política de apoio à permanência e formação estudantil, incluindo bolsas, auxílios, moradia, alimentação e transporte, foram priorizados e não sofreram cortes, sendo aumentado em 2% em relação a 2013. (Para saber mais sobre a proposta orçamentária, acesse aqui)
De acordo com Bialoskorski Neto, provavelmente problemas de decisão referentes à carreira dos servidores e docentes são a explicação para que o orçamento da Universidade ficasse praticamente 100% comprometido com folha de pagamento. "As decisões da nova carreira, os diversos acessos, em conjunto com a contratação de mais de dois mil funcionários, tiveram um efeito de progressão geométrica que impactou no orçamento, ou seja, o efeito de um multiplicado pelo efeito de outro resultou na situação que o orçamento se encontra agora", explica ele, comentando ainda que o orçamento da USP deve se ajustar dentro de dois a quatro anos, em função do cenário macroeconômico e das decisões de gestão.
O diretor destaca a importância da FEA-RP nas decisões referentes ao orçamento da Universidade com sua eleição para a presidência da COP e a designação do professor Rudinei Toneto Junior como coordenador de Administração Geral. "Isso mostra a participação ativa da Faculdade e a importância da profissionalização da gestão", comenta.
Bialoskorski Neto diz que dentre os desafios futuros da COP estão elaborar novas diretrizes orçamentárias e orçamento plurianual participativo e transparente, discutir como montar uma controladoria dentro da USP e implantar uma lei de responsabilidade fiscal tanto para os dirigentes de unidades quanto para os órgãos centrais da Universidade.
Com informações da assessoria de imprensa da USP