Nos dias 18 e 19 de fevereiro, 265 novos alunos serão recebidos pela FEA-RP. As matrículas presenciais serão realizadas em 18 de fevereiro das 9h às 16h na sala 1 do bloco B2 para os alunos dos cursos diurnos. Já os estudantes dos cursos noturnos farão suas matrículas dia 19 do mesmo mês, das 9h às 16h também na sala 1 do bloco B2. Os calouros deverão trazer os documentos constantes na página 69 do Manual do Candidato Fuvest 2013 e os formulários disponíveis no site www.fearp.usp.br/sg.
- Recepção dos calouros
É tradicional no mundo inteiro que seja realizado um processo de integração dos novos alunos às atividades acadêmicas. Porém, assim como na USP, na FEA-RP não há "trote", há sim um conjunto de atividades realizadas sob a responsabilidade das entidades estudantis, da Comissão de Graduação e da Diretoria da escola, as quais visam à recepção dos calouros, conforme previsto na portaria USP nº 3143, de 10.12.1998.
São expressamente proibidas as seguintes atitudes:
• oferecer ou vender bebidas alcoólicas ou obrigar que os calouros as consumam;
• desenvolver ações contrárias à integridade moral ou física dos calouros (atos de violência ou atentado ao pudor).
Estes e outros comportamentos serão punidos de acordo com a lei estadual nº 10.454, de 20.12.1999 e a portaria USP nº 3154, de 27.04.1999, as quais preveem a aplicação de penalidades específicas.
Nenhum calouro poderá ser obrigado a praticar atos que comprometam a própria integridade moral ou física. Os calouros também são responsáveis e estão sujeitos às penalidades, se aceitarem praticar os atos condenados.
A Universidade de São Paulo criou o Disque Trote com o propósito de receber denúncias de trotes abusivos que ocorram nos Campi da Universidade. O telefone para contato é: 0800-012-10-90. Além deste serviço, a Assistência Acadêmica (telefone 16 3602-0669) e a Diretoria da FEA-RP (16 3602-3922) estão à disposição para atendimento dos interessados, portanto, não fiquem constrangidos para procurar um dos apoios mencionados, caso seja necessário.
O professor Rogério Calia, membro da Comissão Pró-Calouro do Campus da USP de Ribeirão Preto, realizou uma pesquisa com calouros da FEA-RP no ano de 2012, tendo sido apontada a existência de situações de humilhação nas atividades de recepção.
De acordo com o docente, "a FEA-RP é uma instituição que quer formar líderes que façam a diferença nas organizações e na sociedade. A missão institucional da Faculdade enfatiza a busca pela excelência para formar 'profissionais com competências e senso crítico, para o desenvolvimento da sociedade'. A visão institucional da FEA-RP deixa claro que queremos ser um centro de liderança no Brasil visando a geração e disseminação do conhecimento e a 'formação do cidadão'. Para manter a coerência com nossa missão e visão, acredito que um ambiente organizacional onde as pessoas são desrespeitadas não seja um ambiente favorável para formar profissionais inovadores e prestativos para a sociedade. Além disso, vários de nossos alunos serão contratados por organizações e empresas importantes. Estas organizações têm códigos de conduta muito pragmáticos para evitar humilhações entre funcionários. O 'Código de Conduta Moral' do Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, deixa bem claro aos seus funcionários que humilhações aos colegas são inaceitáveis e impõe sanções educativas, corretivas e punitivas que podem resultar com o funcionário agressor sendo dispensado por justa causa. Na empresa multinacional em que eu trabalhei por oito anos, o código de conduta era seguido à risca. Eu presenciei funcionários com cargo até mesmo de gerência e diretoria perderem o emprego devido à falta de profissionalismo em atributos éticos, incluindo humilhações e assédio. O processo seletivo para o programa de trainee de algumas empresas utiliza critérios de avaliação que checam os valores e o perfil ético do candidato à vaga de emprego. Estes critérios não são condizentes com as práticas de trotes. Em síntese, alunos, professores e funcionários temos a oportunidade de colaborar para eliminarmos humilhações na FEA-RP por serem incoerentes com a nossa Missão e Visão institucionais e por serem incoerentes com o perfil profissional exigido pelo mercado de trabalho".