Teve início, no primeiro final de semana de setembro, o processo de incubação em economia solidária oferecido pela Incubadora Co-Labora, coordenado por Perla Calil Pongeluppe Wadhy Rebehy, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. Inaugurando a série de encontros, a primeira oficina reuniu quinze empreendimentos participantes em um encontro de imersão sobre modelos de negócios focados em impacto social e empreendimentos solidários. Nos próximos encontros, as oficinas de incubação contarão com a presença de especialistas convidados e explorarão a importância dos princípios da sustentabilidade, do fortalecimento de relações humanas, e de uma gestão profissional e comprometida com a viabilidade econômica. A Incubadora é gerida pelo Instituto Terroá e dela também fazem partes docentes da Faculdade de Medicina (FMRP) e da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP.
Dentre os empreendimentos que participam do processo de incubação encontram-se iniciativas voltadas à agroecologia, à saúde, à beleza e ao bem-estar; à alimentação saudável, à educação e à cultura, bem como à inclusão financeira e ao desenvolvimento humano. A incubação ocorre em rede, e não de maneira pontual, in loco, o que propicia trocas valiosas e maior cooperação entre os diferentes empreendimentos participantes. As mentorias oferecidas em cada encontro exploram, além disso, a relação entre a causa e os propósitos particulares de cada empreendimento e suas afinidades com a Agenda 2030 e seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
A incubação em rede oferecida pela Co-Labora em Ribeirão Preto conta com financiamento captado via edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio da Subsecretaria de Economia Solidária (SENAE). O edital prevê o desenvolvimento de incubadores de economia solidária em todo o país e a formação de redes em diferentes áreas temáticas. A Incubadora Co-Labora tem se afirmado como importante ator nessa área, tendo apoiado diversas edições das feiras de economia solidária no município e região, empenhado esforços junto ao poder público para a criação do Conselho Municipal de Economia Solidária e desempenhado um papel relevante na aprovação da Lei Municipal de Fomento à Economia Solidária, sancionada em 2017 (Lei nº 13.959, de 10 de março de 2017).
Daniel Bellissimo, diretor institucional do Instituto Terroá e um dos facilitadores dos encontros, reforça os objetivos da Incubadora Co-Labora com o processo de incubação: “O projeto visa ao desenvolvimento sustentável e ao desenvolvimento de uma nova economia, que gere impacto socioambiental positivo e inclua economicamente as pessoas”. As mentorias seguem ocorrendo semanalmente às quintas-feiras até o mês de novembro.
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Texto por Fernando Preusser de Mattos, Assistente de Comunicação do Instituto Terroá.
Fotos: Daniel Belíssimo.