Sexta, 15 Fevereiro 2019 14:37

Construção civil dá sinais de recuperação

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O desempenho do setor da construção civil em Ribeirão Preto e no Brasil já demonstra efeitos da recuperação econômica em 2018. É o que indica o boletim Construção Civil de fevereiro de 2019, elaborado pela pesquisadora Lorena Araújo, da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), gerida por professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. O Boletim é coordenado pelo professor Luciano Nakabashi, da FEA-RP.

 

Dados relativos aos lançamentos de 20 incorporadoras associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) mostram que tanto lançamentos quanto vendas aumentaram entre os meses de outubro de 2017 e outubro de 2018. O primeiro teve uma variação positiva de 44,4% e o segundo de 6,7%.

 

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Fonte: ABRAINC-FIPE. Período: Jan./2014a Out./2018

 

Grande parte das unidades lançadas foi composta pelo programa Minha Casa Minha Vida, responsável por 75,9% do total, o que representa um crescimento de 19,8% nos últimos doze meses. Os lançamentos de empreendimentos residenciais de médio e alto padrão apresentaram um crescimento de 71,6%.

 

O saldo de emprego formal, que estava em forte queda desde janeiro de 2014, passou a ser positivo em outubro de 2018 e apresenta uma leve tendência de crescimento. Novembro de 2015 foi o mês com o pior saldo de empregos, índice que melhorou desde então.

 

Já o mercado de crédito para o setor de construção civil ainda sofre os efeitos da crise econômica. Na comparação entre os meses de outubro de 2017 e 2018, ocorreu uma queda 3,74% nos financiamentos imobiliários no país.

 

Preço dos imóveis
O índice geral de preços dos imóveis apresentou uma queda nominal (sem considerar a inflação) de apenas 0,01%. Em São Paulo, no mês de novembro de 2018, comparado com o mesmo mês do ano anterior, apresentou um crescimento nominal de 0,05%.

 

Nakabashi acredita que agora o setor caminha para uma estabilidade: “Passamos por um processo de retração econômica e agora é possível ver uma melhora. É perceptível a estabilização de preços, o que pode ser explicado pela retomada lenta da economia, melhora do mercado de trabalho, e dos juros, que estão menores”.

 

No acumulado dos últimos 12 meses (novembro de 2017 a novembro de 2018), 8 dos 20 municípios analisados apresentaram quedas nos preços, sendo os piores desempenhos o de Niterói (-4,06%) e Rio de Janeiro (-3,59%). Em novembro de 2018 o Rio apresentou o m² mais caro (R$ 9.402), seguido por São Paulo (R$ 8.829) e Distrito Federal (R$ 7.781).

 

O boletim está disponível aqui.

 

Por: Leonardo Rezende, Assessoria de Comunicação da FEA-RP.

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