Nas últimas semanas casos de febre maculosa na região de Campinas-SP vieram à tona, sobretudo após as quatro mortes já confirmadas em virtude da doença. O período sazonal para maior incidência da doença no país se estende de maio a setembro e o campus de Ribeirão Preto, por possuir uma grande dimensão de vegetação, representa um risco potencial para novo surto da doença devido à presença de carrapato-estrela, vetor da febre maculosa.

Diante desse cenário, a Prefeitura do campus orienta que tanto a comunidade uspiana quanto a comunidade externa à USP devem transitar apenas em calçadas e não devem trazer animais domésticos para o campus. Além disso, devem evitar frequentar, caminhar, sentar-se e ou deitar-se nessas áreas, como: nas proximidades do Lago; na Rua dos Bambus; nas imediações da EEFERP, da Rua Napolitana, da Tulha e da caixa d’água próxima à piscina do Cefer; no próprio Cefer (campo do Canindé e nas imediações e no acesso às quadras externas - ponte de madeira); e na Pedreira, divisa do campus com o bairro Monte Alegre.

Quando for necessário caminhar por essas áreas, a orientação é que realizem uma vistoria no corpo em busca de carrapatos em intervalos de três horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato menor será o risco de contrair a doença. Ademais, destaca-se a importância de utilizar barreiras físicas, usando roupas claras com mangas longas, para facilitar a visualização dos carrapatos, botas e calças compridas, inserindo a parte inferior por dentro das botas, preferencialmente de cano longo e vedadas com fita adesiva de dupla face.

Lembramos que a transmissão da febre maculosa ocorre por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria do gênero Rickettsia, não ocorrendo portanto a transmissão de pessoa para pessoa.

Ao longo desse período é importante que todos fiquem atentos aos sintomas da doença: febre alta e súbita, dor de cabeça, abdominal e muscular e manchas avermelhadas no corpo. Também podem haver erupções no local da picada do carrapato. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante que o paciente procure uma unidade de saúde, pública ou privada, para avaliação médica e tratamento. Informe ao médico se você esteve presente em áreas com infestação de carrapatos ou foi picado por um. Essa informação é imprescindível para a identificação precoce dos casos suspeitos e do tratamento e assim evitar formas mais graves da doença e óbitos.

Caso encontre/identifique algum exemplar de carrapato, solicitamos que o usuário preencha a Ficha de Notificação de Parasitismo Humano por Carrapatos que está disponível no link: https://www.prefeiturarp.usp.br/febremaculosa/