A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (FEA-R/USP) criou um índice de confiança na economia para medir a expectativa dos docentes de ciências econômicas com relação a alguns indicadores econômicos no curto prazo. O índice varia de 0 a 100 pontos sendo que quanto maior o valor, maior é a expectativa. Na primeira medição do índice, que compara expectativas para o primeiro semestre de 2014 em comparação com o primeiro semestre de 2013, o resultado foi 44,5 pontos. Ou seja, abaixo do limite de confiança de 50 pontos.
Para a composição do índice foram utilizados 11 indicadores como taxa de crescimento do produto interno bruto, taxa de desemprego, superávit primário, taxa de investimento estrangeiro direto, taxa de câmbio, juros anual (Selic), índice de volume de vendas no varejo, expectativas quando a economia brasileira e mundial etc.
A pesquisa foi coordenada pelo professor Cláudio de Souza Miranda e realizada em parceria com a graduanda em Ciências Econômicas, Mickaelle Caldeira da Silva. O estudo sondou 436 docentes de 66 instituições públicas e privadas, com bons desempenhos acadêmicos, das cinco regiões do Brasil que foram classificados por área de pesquisa e de docência (microeconomia, finanças, macroeconomia, métodos quantitativos e História Econômica) e por tempo de docência.
Indicadores - A análise dos indicadores que compõem o índice permite observar que alguns fatores continuam recebendo confiança dos docentes como o índice de volume de vendas no varejo, que recebeu nota 63,3 e o crescimento da produção industrial, com pontos 58,3. Por outro lado, outros indicadores ajudaram a deixar o índice geral abaixo das expectativas como é o caso da taxa de juros, com 19,5 pontos, taxa de câmbio, com 28,9 e o superávit primário, com 36,2 pontos.
Quando são avaliadas as diferenças regionais observa-se que os docentes da região Norte são confiantes, com índice apontando para 53,3 pontos. Outra região com índice acima dos 50 pontos é a região Sul, com 50,5. Já os que têm o índice de confiança mais baixo dão os docentes da região Sudeste cujo indicador regional atingiu 43,8 pontos.
Também são menos confiantes os profissionais que lecionam ou pesquisam área de microeconomia, com 43,2 pontos. Já os mais confiantes são os que pesquisam ou lecionam História Econômica e do Pensamento Econômico.
Um resumo da pesquisa pode ser obtido em http://www.fearp.usp.br/arquivos/imprensa/indice_de_confianca_na_economi/indice_de_confianca_na_economi.pdf.